São distúrbios na pela causados ou influenciadas pelos fatores psíquicos.
Existem as dermatoses psicogênicas onde seu sintoma pode ser exemplificado pela produção de lesões pelo próprio paciente e ele propositalmente nega a realização dessas lesões. São pacientes que se auto- escoriam muitas vezes essas lesões são produzidas pelas unhas do paciente, mais em alguns casos mais extremos eles podem recorrer inclusive a instrumentos, objetos, tesouras, pinças, lixa.
Outro exemplo seria o sujeito que se auto-lesa produzindo a escoriação. Nesse caso o indivíduo não consegue controlar o instinto e acaba fazendo a lesão por uma questão puramente emocional. Muitas vezes para se livrar de algum sentimento intenso que o incomoda. A dor causada pela escoriação é mais suportável do que a dificuldade em lidar com seu incomodo emocional.
O distúrbio dermatológico com características psicogênicas é o quadro que citei acima e este é desencadeado puramente por uma questão psíquica. Sua ansiedade ou qualquer distúrbio é depositado a questão cutânea e é uma conseqüência. Não existe um remédio para tratar as dermatites psicogênicas.
Já os distúrbios dermatológicos com características psicossomáticas seriam basicamente os quadros organo- genéticos que são exacerbados e perpetuados por fatores psíquicos- emocionais. Podemos citar como exemplo a acne, a herpes, o lúpus, o vitiligo.
O que acontece nesses quadros é que há um fator orgânico bem estabelecido, porém o quadro pode ser exacerbado pelo fator emocional. Por exemplo, no caso do vitiligo, a pessoas pode lidar tão mal com o diagnóstico e acabar tendo muita dificuldade em aceitar a doença e que isso pode realmente estimular o sistema imunológico dele, com isso abrirem outras lesões e agravar o quadro.
No caso da acne se o sujeito apresentar um quadro grave, em que, em um momento de estresse foi exacerbado e acabou deixando muitas cicatrizes em seu rosto, essa situação pode evoluir para um quadro depressivo.
Outro exemplo é a herpes. Que é uma “doença” podendo ser desencadeada num momento de estresse, mas existem outros fatores que também podem desencadea-la. O fator emocional é apenas um fator de exacerbação e não a causa, diferente do psicogênico.
Em relação ao tratamento, em alguns casos, é necessária estabelecer uma parceria com um médico dermatologista principalmente nos casos psicossomáticos para a realização de exames e controle.
O acompanhamento psicológico é feito de maneira processual, com o objetivo de dar suporte emocional ao paciente e na maioria das vezes observamos que em poucos meses o paciente consegue superar o quadro clínico. A terapia faz com que o sujeito possa rever situações desconfortáveis na vida e a partir desse ponto buscar novas formas de vivenciar essas situações principalmente no que se refere às situações de estresse.