Redução de danos: O que é e como pode ajudar a diminuir o uso abusivo de drogas?
Publicado por: Taiane Rodrigues Moreira em 29/3/2012
Categoria: Psicologia
 
O uso de drogas é um fenômeno muito antigo na história da humanidade e constitui um sério problema de saúde pública, com graves consequências pessoais e sociais no futuro dos jovens e de toda a sociedade. Este tema está cada vez mais sendo abordado em nossos meios de comunicação e tomou grandes proporções nos últimos tempos.

Quando se fala em uso de drogas, além da preocupação com as consequências de seu uso, a sociedade parece também não saber como diminuir esse consumo.

Um dos tratamentos que sempre foram usados por clínicas de internação e grupos psicoterapêuticos é a abstinência, que em muitos casos se mostrou ineficaz, uma vez que, o usuário não consegue de uma hora para outra deixar de usar a droga. Pensando nisso, foi criada a estratégia de Redução de Danos que é uma política pública oficial do Ministério da Saúde do Brasil, e de diversos outros países, para lidar de forma adequada com problemas que podem ser gerados pelo uso de álcool e outras drogas. Portanto, está preconizada na Política de Atenção Integral a Usuários de Álcool e Outras Drogas de 2003, e respaldada pela PORTARIA Nº 1.059/GM DE 4 DE JULHO DE 2005, do Ministério da Saúde que destina incentivo financeiro para o fomento de ações de redução de danos em Centros de Atenção Psicossocial para o Álcool e outras Drogas - CAPSad. É um conjunto de políticas e práticas cujo objetivo é reduzir os danos associados ao uso de drogas psicoativas.

Essa abordagem valoriza e põe em ação estratégias de proteção, cuidado e autocuidado, possibilitando a mudança de atitude frente a situações de vulnerabilidade e não parte do principio que deve haver uma imediata e obrigatória extinção do uso de drogas, mas que diminuam os danos das drogas no sujeito até que o mesmo, caso queira, consiga parar de usar. E também tenta impedir o suicídio, overdose e evolução dos efeitos negativos da droga para que não seja necessária a internação involuntária.

A Redução de Danos não pode ser confundida com incentivo ao uso de drogas, embora se fundamente no princípio da tolerância ou respeito às escolhas individuais. Ela contribui, entre outras coisas, para gerar informações adequadas sobre riscos, danos, práticas seguras, saúde, cidadania e direitos, para que as pessoas que usam álcool e outras drogas possam tomar suas decisões, buscar atendimento de saúde (se necessários) e estarem inseridas socialmente em um contexto de garantias de direitos e cidadania.


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