AVC é a terceira maior causa de morte no Ocidente: conheça as fases da doença
Publicado por: Eliana Cruz em 19/4/2012
Categoria: Psicologia
 
Quando um indivíduo é hospitalizado, quer por opção própria, quer não, essa opção promove a vivência de uma ruptura de pontos referenciais que acabam por gerar sofrimento, sensação de abandono, medo do desconhecido, fantasias e temores.

O processo de reabilitação da pessoa que foi acometida por um AVC envolve uma série de conflitos, em decorrência do estado emocional do indivíduo e da necessidade de alterações no desempenhode seus papéis, bem como modificação de valores e modelos.

A família apresenta dificuldades emocionais frente à lesão, podendo manifestar atitudes de rejeição e/ou superproteção ao paciente.

As mudanças corporais e limitações da ação provocam reações psicológicas diversas: insegurança, depressão, isolamento, apatia e agressividade.

É importante para a família conhecer quais as etapas emocionaisque o paciente passa após a lesão:

1. Fase de choque: O paciente não percebe a sua problemática, encontra-se confuso, pode apresentar dificuldade na percepção, no pensamento e no raciocínio lógico.
2. Fase aguda ou de negação: O paciente começa a perceber a situação, mas de forma distorcida. Nesta etapa o paciente apresenta raiva e aparecem sintomas de ansiedade e depressão.
3. Fase de reconhecimento: Gradativamente através da constatação do seu quadro, do contato com outros pacientes e através das programações da equipe, o paciente começa a conscientizar-se da sua realidade.
4. Fase de adaptação: Nesta etapa, o paciente percebe a necessidade decolaboração para que seu quadro melhore e demonstra-se mais participativo. Sendo neste momento de fundamental importância a colaboração da família.

Como a família pode ajudar:

O suporte emocional das pessoas que o rodeiam e da família é fundamental. O mais importante é a pessoa sentir-se amada e apoiada.

Ser verdadeiro com o paciente. Todo o ser humano tem capacidade para se confrontar com a verdade, as pessoas não são de vidro, não se partem. Só falando dos fatos é que podemos lidar melhor com eles.

Valorizar a pessoa: compreendendo-a e respeitando-a.

Promover a independência.

Superproteger é desvalorizar a pessoa, responsabilizá-la e não reconhecer as suas capacidades.

O respeito pelo sofrimento é um fator que fortalece a relação.

ELIANA CRUZ É PSICÓLOGA E COLUNISTA CONVIDADA
(CRP: 05/6658)




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