121 milhões de pessoas sofrem de depressão: conheça sintomas e riscos
Publicado por: Monique Bezerra Oliveira em 20/4/2012
Categoria: Psicologia
 
A depressão é um Transtorno de Humor que afeta 17 milhões de brasileiros e 121
milhões de pessoas no mundo. De acordo com o DSM-IV, esta se caracteriza por
humor deprimido, tristeza intensa ou perda de interesse e/ou prazer por quase todas
as atividades por pelo menos duas semanas. Além disso, concomitantemente, os
seguintes sintomas podem ser manifestados: alterações no apetite ou peso; distúrbio
do sono; alterações na atividade psicomotora; fadiga ou diminuição da energia e/ou
de libido; sentimentos de desvalia ou culpa, impotência, abandono e inadequação;
dificuldades para pensar, concentrar-se ou tomar decisões; pensamentos recorrentes
sobre morte ou ideação suicida, planos ou tentativas de suicídio.

Recentemente, os estudos sobre a depressão têm demonstrado uma forte associação
entre o transtorno depressivo e o desenvolvimento da doença cardiovascular, os
quais tendem a consumir grandes verbas de saúde pública em todo o mundo.
Segundo a Organização Mundial de Saúde, a depressão é a 4ª doença que mais
causa incapacidade e a estimativa é de que até o ano de 2020 alcance a 2ª
posição, ficando atrás apenas das doenças cardíacas.

Portanto, a relação entre essas duas patologias tem se apresentado de maneira
recíproca, tanto a depressão sendo considerado um fator de risco independente para
doenças cardiovasculares, quanto os casos em que os pacientes diagnosticados com
doenças cardíacas venham, a partir dessa, desenvolver tal transtorno. Tendo em vista
que a depressão costuma exacerbar os fatores de risco clássicos para doença
cardíaca, como tabagismo, diabetes mellitus, obesidade e sedentarismo, a mesma é
tida como um fator de risco para complicações e morte.

No intuito de explicar os exatos mecanismos para tal relação e contribuir para que
novas terapêuticas possam ser empregadas, a fim de reduzir os efeitos deletérios
provocados por estas doenças de grande impacto bio-psíquico-sócio-econômico,
estudos estão sendo realizados pelo nosso grupo de pesquisadores do Laboratório de
Transporte de Membrana da Universidade do estado do Rio de Janeiro (UERJ). Os
pacientes com depressão são avaliados cardiológica e laboratorialmente, assim,
analisamos a relação da via L-arginina-óxido nítrico com ativação plaquetária, em
deprimidos recebendo acompanhamento psicoterápico.

Enfim, o que se observa é cada vez mais a evidência da importância de um
tratamento múltiplo que envolva não só o uso de medicamentos, que combatam os
sintomas da depressão, mas também a psicoterapia, a qual possibilita mudança de
pensamentos e de comportamentos, e de uma melhora do olhar diante da vida. Isso
inclui mesmo outras práticas como, por exemplo, os exercícios físicos na prevenção e
na diminuição da depressão e do risco de desenvolverem diversas patologias,
principalmente as cardiovasculares.

MONIQUE BEZERRA OLIVEIRA É PSICÓLOGA E COLUNISTA CONVIDADA.
(CRP 05-33291)




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