Hoje o profissional fisioterapeuta é indispensável na equipe das unidades de terapia intensiva, trabalhando em regime de plantão diurno e noturno. Os pacientes que estão no CTI podem permanecer sedados por tempo prolongado, sendo incapazes de realizar movimentação ativa e consequentemente gerar bloqueios e deformidades articulares. Há também perda de força muscular provocada pelo desuso e pelo tempo de internação prolongado.
Quando o paciente é submetido a ventilação mecânica invasiva também ocorre a redução de força nos músculos respiratórios, o que torna o processo de retorno a respiração natural mais difícil. Portanto, o fisioterapeuta atua no suporte ventilatório dos pacientes no CTI, escolhendo os modos, modalidades e parâmetros de ventilação mecânica mais adequados e mantendo constante monitorização. Através da ventilação mecânica não invasiva (VNI) pode oferecer repouso muscular nos pacientes que apresentarem aumento do esforço para respirar (dispnéia), realizar reexpansão nos pacientes que apresentarem colabamento de uma região pulmonar, prevenir a intubação orotraqueal e retirar precocemente o paciente da ventilação invasiva.
O processo de saída da ventilação mecânica (desmame ventilatório), e a extubação (retirada do tubo orotraqueal) muitas vezes podem se tornar difíceis e o fisioterapeuta através de técnicas específicas é o profissional responsável em conduzir este processo. Outra função importante do fisioterapeuta é participar do transporte de pacientes graves proporcionando adequada oxigenação e ventilação.
Através de exercícios ativos, passivos e resistidos (cinesioterapia), atua na prevenção das disfunções musculoesqueléticas relacionadas ao desuso. São muitas as atribuições do fisioterapeuta na terapia intensiva, fazendo com que este profissional se torne cada vez mais necessário.