Programas de exercícios para crianças com paralisia cerebral
Publicado por: Gabriela Petrillo em 7/7/2012
Categoria: Fisioterapia
Gabriela Petrillo: A paralisia cerebral é definida como qualquer desordem caracterizada por alteração do movimento secundária a uma lesão não progressiva do cérebro em desenvolvimento. É uma disfunção sensoro-motora
Dentre os fatores potencialmente determinantes de lesão cerebral irreversível, os mais comumente observados são infecções do sistema nervoso, falta de oxigenação no cérebro e traumas no crânio. O desenvolvimento anormal do cérebro pode também estar relacionado com uma desordem genética, e nestas circunstâncias, geralmente observam-se outras alterações primárias, além da cerebral. Em muitas crianças, a lesão ocorre nos primeiros meses de gestação e a causa é desconhecida.

A dificuldade de sucção, tônus muscular diminuído, alterações da postura, atraso no controle de cabeça, atraso no desenvolvimento motor, quase não sorri e não rola são alguns dos sinais precoces que chamam a atenção para a necessidade de avaliações mais detalhadas.

Há diversos graus de paralisia cerebral, desde leve a grave. Pode ser classificada de acordo com a distribuição corporal e com a qualidade do tônus.
Distribuição corporal: quadriplegia: acomete todo o corpo
diplegia: acomete principalmente membros inferiores
hemiplegia: acomete mais um lado do corpo
monoplegia: uma extremidade é mais acometida
Qualidade do tônus: espástico: hipertonia persistente
atetose: apresenta tônus flutuante
ataxia: hipotonia com incoordenação motora
hipotonia: tônus muscular abaixo do normal
misto: apresenta uma combinação de quadros

A fisioterapia tem como maior objetivo facilitar a independência e a performance funcional da criança possibilitando assim maior qualidade de vida.

O tratamento da fisioterapia tem como finalidade adequar o tônus muscular; prevenir ou diminuir as deformidades; proporcionar a execução das atividades diárias; adaptar a criança ao meio; possibilitar a manutenção de posturas e a realização de trocas posturais.

A família, a criança, o corpo médico e os profissionais de saúde são essenciais para a intervenção do tratamento e a evolução da criança.

GABRIELA PETRILLO É FISIOTERAPEUTA E COLUNISTA CONVIDADA.
(CREFITO: 54709-F)


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