Cuidados com a voz: veja os efeitos de fumo, drogas e álcool
Publicado por: Ana Luzia dos Santos Vieira em 20/3/2012
Categoria: Fonoaudiologia
Ana Luzia Viera: Nossa voz, bem como outras partes de nosso corpo exigem cuidados. Profissionais da voz ou não devemos estar atentos às alterações sofridas pela nossa voz e aos fatores que desencadeiam essas alterações. Fatores prejudiciais são amplamente conhecidos pelos profissionais (fonoaudiólogos e médicos), porém, são pouco divulgados. Por essa razão surgem os mitos relacionados ao bom desempenho/funcionamento das pregas vocais para a produção da voz.
Convém lembrar que a qualidade da voz também está relacionada à nossa saúde física e ao estado emocional. Certos cuidados devem ser observados:

Hábitos daninhos:
- Fumo – O trato vocal é agredido pela fumaça do cigarro causando tosse e pigarro. Sabe-se que o fumo é considerado uma das maiores causas de câncer na laringe e no pulmão.
- Álcool – Uma pequena dose provoca uma sensação de melhora da voz. Na verdade o que ocorre é a anestesia da região da faringe, desta forma, a sensibilidade é diminuída e os abusos vocais ocorrem.
- Drogas – Provocam muitos danos a todo o nosso corpo. A cocaína pode lesar qualquer região do trato vocal. A maconha é extremamente daninha a todo o trato vocal. Todas as drogas têm sua particularidade, porém todas agridem diretamente as nossas pregas vocais.
- Tosse – A tosse deve ser tratada com o médico, tanto a tosse seca quanto a tosse com secreção fazem com que as pregas vocais batam violentamente uma contra a outra, causando fadiga e rouquidão.
- Pigarro – Este também deve ser investigado, pois no pigarro o atrito entre as pregas vocais é danoso. Sugere-se a ingestão de água.
- Gritar – O grito só deve ser usado em casos extremos, pois, no grito, ocorre uma verdadeira "trombada" entre as pregas vocais.
- Ar Condicionado – Provoca o ressecamento de toda a mucosa, pois reduz a umidade. Desta forma devemos aumentar o consumo de água.
- Competição Sonora – Quando expostos ao ruído fazemos esforço vocal para sermos compreendidos. O ideal nesses casos é reduzir o barulho no ambiente.
- Automedicação – Deve-se evitar. Devemos sempre procurar um médico para que este, com seus conhecimentos realize a medicação adequada ao estado do paciente. O uso de pastilhas e sprays também pode ser danoso, pois pode causar anestesia das pregas vocais favorecendo os abusos vocais.

Inadequações no uso vocal: além dos descritos acima o sussurro e o cochicho devem ser evitados. Nestes casos devemos fazer repouso vocal e hidratação com pelo menos 2,5 l de água natural. Um médico deve ser procurado em casos de afonia (ausência de voz) ou ainda disfonia (rouquidão) para a realização de exames específicos e medicação adequada.

Alguns outros fatores prejudiciais: As alergias, alterações hormonais e o refluxo gastroesofágico também contribuem para uma disfonia. É importante relatar a ocorrência destes ao profissional que o atender.

Posturas inadequadas de pescoço e ombros também contribuem para uma produção vocal inadequada, devemos sempre observar o relaxamento destes.

Exercícios Físicos: devem ser praticados observando a hidratação adequada e em temperatura natural.

Portanto sempre que sua voz apresentar alterações procure o especialista para a realização de exames e identificação das causas. Desta forma, a disfonia poderá ser tratada e a sua voz voltará ao normal. Lembre-se de que a voz provoca imagens mentais e que ela é a sua identidade sonora.
 
ANA LUZIA VIEIRA É FONOAUDIÓLOGA E COLUNISTA CONVIDADA.
( CRFA: 7893-RJ)


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