Conheça os danos que a incubadora pode levar para o desenvolvimento neuro- motor do bebê prematuro
Publicado por: Ana Paula Mauricio em 14/7/2012
Categoria: Fisioterapia
Dra. Ana Paula: Bebês clinicamente saudáveis e nascidos a termo (no tempo certo de gestação), teoricamente possuem condições neurofisiológicas para desenvolverem naturalmente suas habilidades neuropsicomotoras. Atividades simples como sugar as mãozinhas para promover auto-conforto ou chorar para sinalizar que o recém-nascido necessita de cuidados e atenção são facilmente entendidas por seus cuidadores. O comportamento dos bebês para sinalizar dor, fome, desconforto, medo ou até disposição para interação social parece ser bem compreendido por suas mamães e quando suas necessidades são atendidas estabelece-se um processo de interação mútua que capacita os bebês para o bom desempenho psíquico-cognitivo-motor. Porém, bebês prematuros não são dotados de tais habilidades comportamentais pela própria imaturidade neurológica. Sua capacidade para regulação térmica, manter-se alerta, coordenar sucção-respiração-deglutição demanda um esforço constante de auto preservação. Sua “linguagem” é diferente dos bebês a termo e as mães tampouco a compreendem. A própria condição do recém-nascido internado na Unidade de Cuidados Intensivos limita as oportunidades de interação mãe-bebê, onde o pequeno ser encontra-se ocupado demais com sua própria salvação e a mãe ainda tentando entender por que tudo aconteceu. Soma-se a isso o fato de o ambiente hospitalar ser generoso em estímulos estressantes para seus frágeis clientes.
Dando suporte à participação da família na interpretação da linguagem do pré-termo, ajudando-a a identificar as competências e limitações dos pequenos, estamos encorajando a família a assumir o cuidado do frágil, mas valente, bebê e fortalecendo os laços afetivos da díade.
O programa de intervenção terapêutico ocupacional realizado nas maternidades do Município do Rio de Janeiro baseia-se no reconhecimento da importância da família no processo de melhora do estado clínico do recém nascido de alto risco, acelerando o ganho de peso e, consequentemente, diminuindo o tempo de internação hospitalar. Atividades educativas com a equipe multidisciplinar, cuidado individualizado, modificação/adequação do ambiente, estimulação sensorial, ajustes no posicionamento do bebê na incubadora e o acompanhamento sistematizado dos bebês com risco para o desenvolvimento psicomotor após a alta, são algumas atividades desenvolvidas pelos terapeutas ocupacionais em maternidades.
ANA PAULA MAURICIO É FISIOTERAPEUTA E COLUNISTA CONVIDADA.
(CREFITO: 2-4335-TO)


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