“O tratamento para o controle da oleosidade consiste, principalmente, em limpeza adequada da pele.”
Joana Lustosa: As peles oleosa e mista são brilhosas e untuosas, com poros dilatados e maior tendência a formação de comedões (cravos) . Há um aumento na produção e secreção das glândulas sebáceas e alteração na qualidade do sebo. Este processo é geneticamente determinado e se torna um problema frequente após a puberdade, em função da secreção dos hormônios sexuais. O tratamento para o controle da oleosidade consiste, principalmente, em limpeza adequada da pele. Para tal, indicamos o uso de sabonetes contendo solventes lipídicos e substâncias tensoativas, associados à tonificação com soluções adstringentes que removem resíduos que não foram eliminados na primeira fase da limpeza. Peles com comedões se beneficiam também da esfoliação abrasiva, feita em casa pelo próprio paciente, não devendo ultrapassar a frequência de duas vezes por semana. O uso de formulações prescritas por dermatologistas contendo substâncias queratolíticas (derivados retinóides), substâncias com ação secativa (óxido de zinco, calamina) e substâncias seborreguladoras (arnica, hamamelis, sulfato de zinco) são ponto importante do tratamento. A isotretinoina oral, fármaco amplamente usado para tratamento de acne grave, não é um medicamento indicado para controle da oleosidade isolada. Isso se deve aos seus importantes efeitos colaterais e a transitoriedade da sua ação sobre a seborregulação. Procedimentos complementares realizados em consultório como peelings físicos (microdermabrasão), peelings químicos e limpeza de pele, têm papel relevante na melhora da oleosidade. São inúmeras as opções de abordagem para este tipo de problema. Cabe ao paciente procurar um dermatologista credenciado pela Sociedade Brasileira de Dermatologia, que é o profissional mais habilitado a indicar o tratamento específico para cada caso.
JOANA LUSTOSA É DERMATOLOGISTA E COLUNISTA CONVIDADA.
(CRM:5274113.2)