Ao longo dos anos ocorrem várias mudanças na constituição familiar. Com isso, podem surgir alguns aspectos a serem trabalhados para que os componentes da família possam trilhar bem o caminho de suas vidas. Pensando nisso...
Conteúdo Saúde: Quando a terapia de família é indicada?
Renata de Azevedo Pinto: As pessoas passam por um ciclo de vida individual como nascimento,infância, adolescência, início da vida adulta, casamento, nascimento do(s) filho(s), terceira idade, etc. Este ciclo individual acontece dentro do ciclo de vida familiar. Certas mudanças de um dos membros da família, como por exemplo, a saída de um filho de casa gera mudanças na família toda, havendo a necessidade de uma reestruturação. Além disso, muitas vezes, algo pode modificar ainda mais o ciclo de vida familiar, como o divórcio, novo casamento, uma doença crônica, transtorno mental, a morte de um dos seus membros, problemas com álcool e/ou drogas, etc, gerando, novamente, necessidade de reestruturação. A reestruturação é algo comum no ciclo de vida familiar, mas, algumas vezes, as famílias podem ter dificuldade com a mesma. Nestes casos, a terapia de família é indicada para ajudar nesta reestruturação. Além disso, também é indicada quando os seus membros não estão mais satisfeitos com a forma como as coisas andam e não conseguem resolver isso sozinhos ou quando existe um problema que a família considera grave, como a presença de alguma doença, separação, etc. A terapia deve ser procurada logo quando o problema surge, para não deixar que este tome grandes proporções, agravando a situação. Os membros da família costumam ter um padrão de relacionamento, interagindo entre si baseados no mesmo. Em alguns casos, este padrão passa a gerar problemas, como brigas e crises, mesmo tendo sido muito eficaz no passado. É importante lembrar que a terapia não atua apenas em um indivíduo da família e sim no grupo familiar, visando o relacionamento entre eles. Na terapia, família e terapeuta buscam novas possibilidades de relacionamento entre os seus membros, construindo novas formas de se relacionar entre si. Com isso, as famílias reconstroem a si mesmas, descobrem opções e fazem escolhas que podem se tornar novas realidades para a mesma. Assim, a família se habilita para atuar de forma eficaz em relação aos problemas que possam surgir.
RENATA DE AZEVEDO PSICÓLOGA E COLUNISTA CONVIDADA.
(CRP/05: 39594)
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