Inicialmente a relação entre esporte e psicologia era baseada em investigações sobre os aspectos psicofisiológicos e atividade física. Depois surge a psicologia do esporte com o objetivo de auxiliar o atleta profissional a alcançar melhores resultados nas mais diversas modalidades esportivas.
Existem poucos estudos relacionando o esporte e a psicoterapia no que diz respeito ao atleta amador e como ambos integram a vida das pessoas em geral. Diversas pesquisas comprovam os benefícios da prática esportiva para o bem-estar geral do individuo, e separam estes benefícios entre físicos e psicológicos. Em minha prática não sigo esta divisão cartesiana entre corpo e mente. Neste sentido, o esporte é um aliado, pois aparece como uma das maneiras pela qual a pessoa pode satisfazer necessidades que não consegue satisfazer de outro modo qualquer em sua vida.
O esporte, assim como a psicoterapia, tem uma função reguladora na vida das pessoas e não é escolhido aleatoriamente e sim de acordo com as necessidades do organismo das mesmas. Sendo assim, podemos considerar o esporte como um fenômeno de expressão que aponta para o todo da pessoa. A prática esportiva colabora com o organismo na busca da satisfação de suas necessidades, auxiliando-o na adaptação ao meio em que vive.
Para alguns sintomas recorrentes na psicoterapia como depressão e ansiedade, a contribuição do esporte tem se mostrado de grande valia, pois além de atuar diretamente na auto estima do sujeito ainda provoca liberação de hormônios que auxiliam neste tratamento.
Então, a parceria da psicoterapia com o esporte, cria uma via eficaz de experimentação de sensações, emoções e sentimentos que, muitas vezes, a pessoa não se autoriza viver em outras áreas da sua vida podendo proporcionar a pessoa desenvolvimento e autoconhecimento.
CLÁUDIA MUNIZ É PSICÓLOGA E COLUNISTA CONVIDADA.
(CRP Nº 05/35402)