Um tratamento endodôntico é necessário quando um dente apresenta uma cárie muito profunda ou por algum tipo de trauma dentário.
Para a realização deste tratamento é feita a remoção de toda a polpa dentária, e a completa limpeza e desinfecção do sistema de canais radiculares, com o uso de limas endodônticas e soluções complementares, por exemplo, o hipoclorito a 2,5%. A polpa é a região do dente onde recebe toda a inserção de vasos sanguíneos, líquidos e nervo do dente. Com a remoção dessas inervações o dente resseca, pois não recebe mais seus lubrificantes naturais, fragilizando assim a estrutura dentaria, levando o dente a possíveis fraturas.
Após a limpeza dos canais radiculares para eliminação das bactérias, os canais devem ser obturados com cimento endodôntico e cones de guta-percha, que é um material plástico biocompatível com o organismo, onde o excesso deixado na câmara pulpar leva ao escurecimento do dente. Para evitar esse fato o dentista deve após a obturação dos canais limpar bem a câmara pulpar com álcool 70% e deixar o limite da guta-percha de 1 a 2 mm abaixo do colo do dente.
O dente com tratamento endodôntico deve ser reabilitado, pois normalmente é feito grande desgaste na estrutura dentária para visualização dos canais. Nesse caso, o dente pode necessitar de uma simples restauração, um bloco ou até mesmo algo mais invasivo, como a colocação de um pino intra-radicular e confecção de coroas totais.
Alguns fatores podem levar ao insucesso do tratamento endodôntico:
1.Se o tratamento endodõntico não for feito de forma correta, deixando espaço dentro dos canais para uma futura contaminação bacteriana.
2.Se o paciente não retornar ao dentista para reabilitação do dente tratado.
3.Se a restauração do elemento não for feita de forma adequada,contaminando os canais com bactérias vindas da própria saliva do paciente.
Caso isso aconteça, o paciente deverá tratar o canal novamente, removendo todo o material do seu interior e substituindo por um novo; e, após, reabilitar o dente adequadamente.