Willian Dunton, (1919) difundiu uma crença em seu livro do período da guerra:
“A ocupação é tão necessária para a vida como comida e bebida e o ser humano deveria ter ocupação tanto física quanto mental”, mas as pessoas vêem a ocupação como importante quando elas são significativas dentro do contexto de suas vidas ( Trombly, 1995).
Segundo a Organização Mundial de Saúde, a Terapia Ocupacional é a ciência que estuda a atividade humana e a utiliza como recurso terapêutico para prevenir e tratar dificuldades físicas e/ou psicossociais que interfiram no desenvolvimento e na independência do cliente em relação às atividades de vida diária, trabalho e lazer. É a arte e a ciência de orientar a participação do indivíduo em atividades selecionadas para restaurar, fortalecer e desenvolver a capacidade; facilitar a aprendizagem daquelas habilidades e funções essenciais para a adaptação e produtividade; diminuir ou corrigir patologias; promover e manter a saúde.
No desenvolvimento da ciência ocupacional, o estudo das atividades e tarefas humanas inclui aspectos diretamente observáveis, os caminhos pelos quais a ocupação serve a adaptação e a significância da ocupação dentro do contexto da vida real e da cultura (CLARK, F., WOOD, W., LARSON, E.A., In: Terapia Ocupacional, SPACKMAN, W.,2002).
As atividades humanas são o objeto de estudo da Terapia Ocupacional e nesse sentido todas as atividades do cotidiano são assim avaliadas e tratadas sejam com objetivos de prevenção, promoção e restauração dos afazeres humanos.
Dando um exemplo, podemos avaliar o dia a dia de uma dona de casa, com afazeres que incluem tarefas domésticas e fora do lar como um trabalhador que apresente algum tipo de disfunção ocupacional pela atividade profissional que desenvolve “incorreta”. Nesses dois exemplos, cada pessoa tem um papel social com os desempenhos a serem planejados e executados. Mas cada pessoa tem seu modus operandi e sua forma funcional, o que significa dizer que uma mesma atividade, seja laboral ou de lazer, será individual e subjetiva e tem em seu entorno um contexto.
A otimização do desempenho ocupacional é obtido quando o sujeito é parte integrante do seu próprio processo de observação e aprendizado, pois isso implica em hábitos, habilidades e mudanças de posturas físicas e/ou mentais.
Baseado no pressuposto de que o homem é um ser social e adaptável, ser disfuncional ou ter alguns déficits não significa inoperância, nem dependência, mas, sobretudo encorajamento e enfrentamento dos desafios para uma melhor qualidade de vida.
A Terapia Ocupacional pode e deve ser empregada para intervir dentro da terapêutica ocupacional quando uma pessoa precisa de repensar suas atividades de vida diária ou instrumentais da vida diária, sua função ou formas de lazer, entendido como uma manifestação de saúde física e mental, dentro da formação acadêmica que são as análises das atividades do dia a dia. Para tanto, teremos a missão de avaliar a parte física, mental, e ambiental, pois podemos lançar mão das tecnologias assistivas e das adaptações e assim, poderemos aperfeiçoar e dinamizar as funções motoras e cognitivas para um dia a dia mais tranqüilo e prazeroso.
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