Os transtornos alimentares (TA)
Publicado por: Paula Almada Horta Deiró em 4/4/2012
Categoria: Psicologia
 
A preocupação com a aparência é uma característica significativa na sociedade contemporânea e faz com que as pessoas busquem incessantemente obter um corpo como o modelado pela mídia. Os TA se encontram exatamente neste conflito entre imagem e realidade e já constituem uma verdadeira "epidemia" que atinge, sobretudo, adolescentes e adultos jovens. Estes transtornos são definidos como desvios do comportamento alimentar, que podem levar ao emagrecimento extremo ou à obesidade, problemas físicos e incapacidades. Os principais transtornos alimentares são anorexia nervosa (AN), bulimia nervosa (BN) e transtorno da compulsão alimentar periódica (TCAP).
De forma bem resumida, a AN se caracteriza pela magreza extrema e a recusa em se alimentar, com medo de engordar. Já o TCAP tem como principal característica a compulsão alimentar e, na maioria das vezes, o sobrepeso ou a obesidade. A BN, por sua vez, é diagnosticada quando a compulsão alimentar é seguida de métodos compensatórios inadequados, com o intuito de perda de peso. A auto-avaliação dessas pacientes é excessivamente influenciada pela forma e peso do corpo.
Um dado importante é que a compulsão alimentar, característica da BN e do TCAP, não ocorre apenas para saciar a fome, mas para suprir estados emocionais, humor disfórico, situações interpessoais estressantes, intensa fome após restrição por dietas, ou sentimentos relacionados ao peso e a forma do corpo. Após a compulsão alimentar ocorrem autocríticas e os sentimentos mais comuns são a culpa, a raiva e a tristeza.
Os TA possuem uma etiologia multifatorial, com predisposições genéticas e vulnerabilidades biológicas, familiares, socioculturais e psicológicas. A interação resultante desses fatores pode produzir a doença e ajudar a perpetuá-la. Sendo assim, para compreendê-los, é importante que o tratamento seja feito com uma equipe multidisciplinar, composta por psicólogo, psiquiatra, nutricionista, médicos e outros profissionais da área de saúde, para que os sintomas sejam compreendidos e reconfigurados de uma forma ampla. A interação medicamentosa e a reeducação alimentar são auxílios essenciais no tratamento, além de um diálogo constante entre esses profissionais para que haja sintonia, coerência e evite mal-entendidos ou conflitos entre eles.


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