Quais são os principais casos psicológicos encontrados nos hospitais?
Publicado por: Luiza Ramalho em 11/5/2011
Categoria: Psicologia
 
Não se pode falar em “casos psicológicos” dentro de um hospital. A Psicologia Hospitalar tem sua atuação bem diferente da encontrada nos consultórios. Nestes, temos como objetivo principal auxiliar na busca do sujeito pelo autoconhecimento. Já no hospital o foco está em como o indivíduo lida com a doença que apresenta; focaliza a prevenção, o estilo de vida e a adesão ao tratamento. Seja em ambulatório ou no leito, o psicólogo acompanha o paciente, por tempo limitado (pelo tempo de internação ou por número de sessões pré-determinado), para que ele possa compreender sua atual condição de saúde, buscando aceitação e adesão ao tratamento. Além disso, os fatores ambientais interferem diretamente no trabalho do profissional.

Em atendimentos ambulatoriais, vemos casos de pacientes com alguma doença crônica, mas que não conseguem adaptar seu comportamento às restrições exigidas pela própria doença. É o caso, por exemplo, da diabetes, da doença renal crônica, do HIV/AIDS, da hipertensão arterial. Além das doenças crônicas, também é o local onde o foco é na recuperação e reabilitação pós-operatórias, com pacientes transplantados, amputados, mulheres que sofreram histerectomia, mastectomia, dentre outros.
Nas unidades de internação, ou enfermarias, a atuação do psicólogo busca a minimização do sofrimento provocado pela hospitalização; direciona-se ao fato de o paciente estar internado, o motivo pelo qual encontra-se nesta situação e suas implicações em sua vida. Nas Unidades de Terapia Intensiva, acrescenta-se a essa atuação o olhar para o ambiente e a compreensão de que, nestas Unidades, a tensão é constante, já que os pacientes lá internados são aqueles em estado de maior gravidade, com possibilidades de recuperação, e que exigem assistências médica e de enfermagem permanentes. Neste caso, existe maior possibilidade de ocorrer alguma desordem psicológica, por motivos variados, fatores ambientais, complicações subjacentes à própria doença, efeitos colaterais de medicações, etc.. Os pacientes podem apresentar quadro depressivo, ansiedade, delírio, desorientação.

Qualquer que seja o local de atuação do psicólogo numa Unidade Hospitalar (ambulatório, enfermarias ou UTI), a atenção à família do paciente e à equipe de saúde é fundamental, tendo em vista que todos fazem parte do processo de adoecimento e de recuperação e/ou readaptação à nova condição e novo estilo de vida.



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