A música como método terapêutico
Publicado por: Daniel Sá em 2/6/2011
Categoria: Psicologia
 
A música vem sendo utilizada como método terapêutico há muito tempo – alguns dos primeiros registros a esse respeito podem ser encontrados na obra de filósofos pré-socráticos. Os povos mais primitivos sempre tiveram a música enquanto recurso terapêutico, em cerimônias religiosas, através de danças e rituais. A música, assim como a linguagem, se desenvolve em todas as culturas e em todas as épocas da humanidade. Por ser uma ferramenta tão poderosa, atualmente pesquisadores e cientistas têm a preocupação de que ela não seja utilizada apenas como mais uma experiência proporcionadora de prazer, ou seja, como uma droga.

A música pode facilitar o contato e produzir efeitos diversos na forma de se relacionar das pessoas. É um meio de socialização que se conecta a sentimentos e sensações, capaz de alterar estados de ânimo e de nos fazer voltar no tempo e reviver situações. O modo como a pessoa escuta uma música e reage a ela, envolve seu jeito de estar no mundo.
A abordagem gestáltica acredita que a tomada de consciência é o caminho para o crescimento e desenvolvimento humano. Para que isso aconteça, é necessário ampliar a percepção sobre como funcionamos; como fazemos contato com nossas necessidades; como buscamos atende-las; como nos relacionamos com nós mesmos, com os outros e com o mundo em toda sua diversidade. Nesse sentido é importante refletirmos como se dá nossa relação com a música.

A utilização da música aliada ao método fenomenológico da Gestalt - terapia traz a tona um mundo de possibilidades para o aqui-agora do encontro terapêutico. Podemos introduzir a música no ambiente psicoterapêutico para ampliar as percepções da experiência aqui-agora e de tudo que passa a vir à tona quando a música é inserida no campo.
Hoje a ciência promove através da música possibilidades de cura e melhoria na qualidade de vida de pacientes portadores de patologias graves, como mal de Parkinson, Síndrome de Tourette, e mesmo Alzheimer. Nesta última, por exemplo, o paciente mesmo com capacidades cognitivas reduzidas devido à profunda perda de memória e da linguagem, quase sempre reconhece ou responde a músicas familiares – bem como pode trazer à tona lembranças, cenas e emoções antes esquecidas pelo paciente. Nesse sentido, a música pode ampliar possibilidades de aprofundar, revisitar e ressignificar histórias.


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