Mal de Parkinson causas, sintomas e tratamentos
Publicado por: Mauricio Ramos em 29/1/2013
Categoria: Geriatria
 
Para obtermos o sucesso no controle e tratamento do Mal de Parkinson é muito importante compreender suas características. A Doença de Parkinson surge após os 55 anos e apresenta-se em 1% da população idosa. O processo fisiopatológico inicia-se com a degeneração, progressiva negra mesencefálica, do cérebro.

O diagnóstico é feito pelo quadro clínico e pela exclusão de outras doenças. Os sintomas mais comuns são o tremor de repouso do tipo “contar dinheiro”, lentidão dos movimentos (bradicinesia) e rigidez dos membros que “destrava aos poucos” nomeada de “rigidez em roda-dentada”. Porém nem todos os pacientes apresentam esta tríade ou apresentam sintomas sutis. Por este motivo o diagnóstico pode ser dificultado . Também devemos atentar para a Doença de Parkinson induzida por medicamentos como haloperidol, metoclopramida, Cinarizina e flunarizina.

O tratamento deve ser iniciado com cautela, com doses pequenas que podem ser aumentadas gradativamente. A resposta clínica pode demorar várias semanas e, por isso, não devemos considerar falha ou necessidade de ajuste de dose logo em fase inicial. Os efeitos colaterais são comuns e frequentemente limitam o tratamento farmacológico.

O principal medicamento utilizado é o Levodopa®, que regula a ação da dopamina. É esperada uma queda do efeito após três anos de uso, quando o médico deve ajustar a dose. Nesse momento, efeitos colaterais como alucinações, agitação, e o fenômeno liga-desliga são esperados.
Para evitar este problema, deve-se associar amantadinae/ou biperideno/triexifenidil, porém alguns autores dizem que estes últimos medicamentos devem ser limitados para pacientes jovens cujo tremor seja o sintoma predominante. Um alerta importante é que não devem ser administrados em pacientes acima de 65 anos, pois podem levar a confusão mental, retenção urinária e outros efeitos colaterais.

Vale ressaltar que o paciente portador do Mal de Parkinson não deve ter o tratamento somente medicamentoso. Não existem medidas de prevenção definidas que façam efeito desejado, porém o apoio familiar é muito importante. Por conta da bradicinesia, a marcha será mais lenta por conta dos passos curtos. Portanto, não apressar o paciente 'e, até mesmo, ajudar a caminhar evita com que haja episódio de queda e, assim, previne complicações.

Quando um paciente é acometido, deve ter apoio de todos. O prazer de viver deve ser preservado. Juntos, todos podem superar as dificuldades eobter novamente qualidade de vida.
MAURICIO RAMOS É MÉDICO E COLUNISTA CONVIDADO.
(CRM: 52.89988)


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